do Diário Digital
O coreógrafo português Paulo Ribeiro afirmou segunda-feira, num festival em Zagreb, estar preocupado por a Dança Moderna estar a "perder a sua diversidade no mundo".
"O que realmente me preocupa é que a estética da Dança está a ser mais ou menos a mesma em todo o mundo. Desde o Brasil à Bélgica, o modo como se faz, com algumas excepções, é sempre o mesmo. Não se pode reconhecer o autor", advertiu o coreógrafo e bailarino na capital croata, onde participou na XXV Semana da Dança Moderna.
No evento, apresentou a coreografia da sua autoria e da mulher, Leonor Keil, "Malgré Nous, Nous Étions Lá", uma das obras que mais entusiasmaram o público. "É assombroso como as coisas, criadas num processo tão simples e familiar, podem chegar a comover uma grande audiência", comentou sobre a reacção do público deste festival, onde se apresentaram companhias de Dança Moderna provenientes de 15 países.
Estreada em Outubro do ano passado no Centro Cultural de Belém (CCB), a obra aborda a cumplicidade da vida a dois e resulta de uma co-produção da Companhia Paulo Ribeiro - grupo residente do Teatro Viriato, em Viseu - e do Centre Chorégraphique Nationale de Caen/Basse-Normandie. Baseado em textos de Gonçalo M. Tavares, com música de Bernardo Sassetti, Gilbert Bécaud e Travadinha, o espectáculo, totalmente dançado por Paulo Ribeiro e Leonor Keil, coreógrafo e bailarina - que são também marido e mulher - reflecte sobre as questões da intimidade e da cumplicidade.
(in http://diariodigital.sapo.pt)
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