quinta-feira, 15 de março de 2007

Em 2050, Brasil deixará de ser um País de Jovens, revela ONU

do InfoMoney

De acordo com um relatório da Divisão de População das Nações Unidas, divulgado na terça-feira (13), a média de idade no Brasil em 2050 será de 40 anos, perdendo um pouco, segundo o órgão, a característica de ser um País de jovens.A tendência de envelhecimento da população é mundial e vem acompanhada de um grande crescimento demográfico.

De acordo com o relatório "Projeções sobre a População Mundial - Revisão 2006", nos próximos 43 anos, a população mundial passará dos atuais 6,7 bilhões para 9,2 bilhões, com maior aumento em países em desenvolvimento.

Mudança: Segundo o especialista da Divisão, François Pelletier, em entrevista à Rádio ONU, a mudança no perfil demográfico brasileiro requer políticas demográficas e econômicas adequadas. Para Pelletier, seria necessário fazer algumas previsões relacionadas à mudança, principalmente no sistema de saúde e de previdência social.

Maiores de 60 anos: De acordo com o relatório, metade da população mundial terá, em 2050, mais de 60 anos, principalmente em razão da baixa natalidade e do aumento da esperança de vida. No Brasil, de acordo com o IBGE, a expectativa de vida vem aumentando cada vez mais e pode chegar a quase 80 anos em 2030.

Impacto na Previdência: Principalmente pela diferença entre nascimentos e óbitos, e o conseqüente envelhecimento da população, o déficit da Previdência volta à tona. O que acontece é que, ao longo dos anos, a relação entre trabalhadores ativos x inativos tem diminuído: em 1950, existiam oito contribuintes ativos para um aposentado. Em 1990, este número caiu para a metade, na proporção de 2,5 para um. Atualmente, após nova redução, vivencia-se um "empate": cada trabalhador ativo remunera um aposentado. Daí o problema. Para diminuir o déficit, o caminho seria aumentar a receita. Porém, se o número de trabalhadores ativos não cresce, seria necessário elevar a contribuição de cada um, o que é completamente inviável (hoje o valor destinado ao INSS compromete uma porcentagem bastante significativa dos salários). Em contrapartida, o caminho seria então reduzir as despesas: outro dilema, considerando-se o número crescente de aposentados!

Pensando no futuro: Por esses dados, é importante que a população em geral se preocupe com o futuro. A tendência, segundo o próprio IBGE, é que a expectativa de vida ao nascer aumente gradativamente, ano a ano, o que faz com que os pais, hoje, além de garantir o próprio sustento, tenham de se preocupar com o futuro financeiro dos filhos, geração que, se mantida a tendência, sofrerá ainda mais com o déficit previdenciário.

(in www.msn.com.br)

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