quinta-feira, 7 de dezembro de 2006

A Figura Maior

3a. parte
por Danielle Girotti Callas
Estimulados por Luís XIV, atores e compositores da época integraram em um único espetáculo música, dança e ação. Credita-se o mérito da primeira comédia-balé a Molière que, durante uma festa oferecida a Luís XIV, por não ter tempo suficiente para troca de figurino, conseguiu juntamente com Beauchamp, coreógrafo, criar um elo entre a trama da peça e os movimentos coreografados para os bailarinos. Da seqüência, juntamente com o músico Lulli, foi suficiente apenas o aprimoramento da fórmula teatro + balé. O balé de ópera foi a evolução desse gênero, onde a ação dramática cantada surge como ornamento ao balé, ou vice-versa. O grande desafio dessa “dança em ação” sempre foi fazer bom uso da fórmula trama + música + dança.

Em 1661, funda-se o L´Opera de Paris, berço do balé clássico, hoje instituição depositária da tradição e local permanente de pesquisa e de novas criações. Mas, somente em 1672, a Academia Real de Música concedera à dança teatral o status de categoria independente. A fundação da primeira escola de dança e do corpo de baile do L´Opera de Paris, por Luís XIV, deu-se posteriormente em 1713. O corpo de baile inicialmente contava com 12 homens e 10 mulheres. Em 1780, com o apogeu da escola francesa, já eram 80 intérpretes (figurantes, doubles e principais) que interpretavam basicamente 3 gêneros (sério, cômico e dissimulado). Na segunda metade do século XIX, a dança feminina sobrepôs-se à dança masculina e o que existiu foi um verdadeiro culto à figura feminina da bailarina. Afinal, quem sofre com as sapatilhas de ponta?
(extraído do site da Revista do Autor - www.revistaautor.com.br com adaptações)

Nenhum comentário: